terça-feira, 3 de abril de 2012

Carta do tema do silêncio (3º dia)

No silêncio cria-se e apaga-se, nascem e morrem as ideias. É aí que elas vivem!
Todos os grandes ideais nasceram do silêncio. uns podem ter surgido noutro lado, num momento de euforia, numa ideia que nos surpreende. Mas é aqui, na ausência de "som", que podem crescer.
Muitos dirão que é óbvio: "Claro que o silêncio é importante para pensar", "Claro que é importante para ouvir", mas quantas vezes é que alguém pensa que ele é importante para conversar? É aí que Deus fala, que se faz ouvir e que nos mostra o caminho, que nos dá as indicações de como "lá" chegar. Agora perguntam-se: "Como será a voz de Deus? Será que a vou reconhecer?". Meus amigos, a voz de Deus não é uma, são todas! São todos os gestos de amor, todos os amparos, todos os momentos de coragem e de caridade. Estes são os mais fáceis de entender. Depois há os outros, que são mais difíceis de ouvir, aqueles em que temos mesmo de estar "calados" e de procurar para conseguir escutar, os momentos em que escolhemos o caminho mais fácil, em que não ajudamos os outros nem nos ajudamos a nós. É nesses momentos em que nos afastamos que Ele nos fala ao ouvido, é aí que Deus grita! Só que nós não estamos dispostos para o receber.
Uma das maiores graças que podemos receber através do silêncio é a do discernimento, ou seja, na calma e clareza que só aí encontramos, parece que tudo nos é dado de maneira diferente, de maneira mais simples. Por exemplo, se tivermos um problema enorme, é só uma questão de realizar que um problema assim tão grande que nós não conseguimos resolver é feito por outros mais simples a que já conseguimos responder, só que como são muitos e nos falta quase sempre a calma, parece que são um todo.

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